quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sem firula!

quarta-feira, 12 de junho de 2013 0
@jefercastro

Todos concordam que os protestos em São Paulo são fundamentados em uma ótima ideia: a tarifa que não corresponde à qualidade do transporte público. São ônibus e metrô lotados e trânsito caótico. Se a tarifa significasse realmente alguma melhoria nessas questões, acredito que o valor seria justo. Mas o que vemos é insegurança, desconforto e muita reclamação.

No entanto, o caos, usado para chamar a atenção do poder público, se perde em uma onda de vandalismo. Boa parte da mídia por si destaca sempre quanto foi o prejuízo, mas não se aprofunda na ideia da manifestação. Na mesma direção, alguns grupos estão ali mais para bagunçar do que para arrumar. Apoio um protesto que seja melhor planejado, que tente de alguma forma  cativar o apoio popular.

Manifestar-se está longe de ser unicamente desordenado, o que precisamos é de uma desordem em ordem, que seja inteligente o suficiente para ter um SIM também do cidadão comum, que nesses dias de protestos só quer chegar seguro em casa.



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Olga

sexta-feira, 10 de maio de 2013 0
@jefercastro

Sempre quis ver o filme "Olga" e ler o livro de Fernando Morais. Mas já tinha deixado de lado essa vontade. Até que neste semestre da faculdade, a professora propôs que lêssemos algum livrorreportagem para conhecer a linguagem e abordagem jornalística. Uma das opções era "Olga". Fiquei entre ele e um outro de Caco Barcellos. Mas optei pelo sonho antigo.

O livro é realmente um romance em discurso indireto. Com poucos travessões de falas, mas com muita emoção. Nas páginas, Olga respira liderança, comove com seu instinto materno e inspira com sua inteligência.  A mulher é forte, independente da sua posição política. E Fernando é detalhista na medida certa, te leva para o Brasil de Vargas e para a Alemanha de Hitler.

Ao terminar de ler, emocionado com a carta de despedida, não pude deixar de lembrar que estamos a dois dias do Dia das Mães. Ora mãe, ora idealista, a alemã, nascida em Munique, persistiu como todos deveriam persistir nos seus sonhos. Quem gosta de história pode ler sem medo. Eu agora posso, enfim, assistir ao filme.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

Vive la France! - Les Misérables

sábado, 2 de fevereiro de 2013 0
@jefercastro

Fui ver o filme disposto a ver um musical pesado, o que realmente foi. Pesado pelo tempo e pelo quase nada discurso falado, um pouco diferente dos atuais e comuns do gênero. São mais de duas horas e meia de cantoria. Cansa um pouco, mas não é de desistir.

É história. Se quem for ver não gosta de história nem de musical, pode ser que se arrependa. Contudo, se fosse um filme de outro gênero podia causar mais mal estar pelo tempo e tema do que como musical. Mas ele tem seus grandes acertos.

Uma das virtudes do longa é, sem dúvida, a ambientação cenográfica de uma França suja e pobre do século XIX, em época de revolução. Além disso, não posso deixar de valorizar a excelente composição de figurinos e também a voz dos atores, que foram gravadas ao vivo. Essa último aspecto deu a realidade da interpretação cantada.

Outra coisa a destacar são as duas pontas que seguram o filme. Anne Hathaway (Fantine) em sua mais dramática e emocionante performace (e cantando). E tem também Hugh Jackman (Jean Valjean), distante do Wolverine, que mostrou seu potencial. Se ganharem o Oscar (ele como melhor ator e ela como melhor coadjuvante) não será injustiça. A emoção deles e dos outros personagens estão constantemente em evidência.

A dupla Helena Bonham Carter e Sacha Baran Cohen foi outro acerto. Eles interpretam o casal Thenardier, donos de uma estalagem. São eles que dão o humor ao longa e reanimam os mais pessimistas. O coro das barricadas, da revolução, também é algo positivo. Dá o tom da mobilização, do povo à luta e rende algumas cenas de tiro e sangue. Ah! Não posso esquecer do menino Gavroche.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Santa Maria

terça-feira, 29 de janeiro de 2013 0

@jefercastro

A tragédia em Santa Maria (RS) mais uma vez nos sacode para acordarmos. Mais de duzentos jovens morreram. E agora vêm pensar em segurança? O problema na administração pública e até na privada está no modo de agir. São ações corretivas, não preventivas, que estamos vendo. Prender, multar, caçar e punir. Ora, as coisas não precisam ser corrigidas. Acidentes do tipo não podem ter valor de exemplo para isso não acontecer mais. As coisas devem ser evitadas, com devidos objetos reguladores

A grande questão aqui é a prevenção, a pura e efetiva fiscalização do poder público sobre o privado. Quando você pensa que tudo está tudo certo, não está. Aqueles extintores funcionam mesmo? A porta de emergência realmente abre? A sociedade não deve sentir a dor dos acontecimentos, quando confia no Estado.

Aqui ficou (infelizmente) mais uma lição para que possamos mostrar uma Copa e uma Olímpiada dignas de admiração, sem muita maquiagem, com muito mais estrutura.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A nova TV

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 0
@jefercastro

A tecnologia trouxe muitas vantagens para a TV brasileira. São as cores, o HD e o 3D que estavam longe dos anos 50, quando o aparelho chegou por aqui. As produções foram ficando melhores, sem o obrigatório AO VIVO da época P&B, com programação gravada e editada e o AO VIVO mais sofisticado. As novelas ganham fotografia de cinema, sem contar os efeitos especiais, a maquiagem e o próprio elenco. Investimento milionário para render mais e mais.

Embora o número de aparelhos ligados (e antenados na programação aberta) esteja em declínio, a sua produção não pode se acovardar, nem se conformar que não é mais o produto dos anos 70, quando o crédito foi liberado para as pessoas e a televisão começou a se popularizar no país. Mas ela deve se reinventar.

Como veículo de massa (o rádio também é um) precisa se aliar às novas mídias. Assim, a televisão ainda pautará a internet e vice-versa.

O grande problema que se ouve entre os próprios usuários das redes sociais, por exemplo, é a grade consolidada até demais, com poucas caras e ares novos. Além disso, cutuca-se o sensacionalismo misturado ao jornalismo de alguns programas, o que prejudica a TV como mídia noticiosa.

E os remakes?

Isso vai em contraste com a atual época dos remakes na dramaturgia (e também no cinema), o que pode causar previamente sensação de pouca criatividade, porém é a oportunidade de mostrar que obras antigas podem se adequar, com as devidas adaptações, ao atual cenário sociocultural, político e econômico do Brasil. Isso, dessa forma, traz de volta a credibilidade do fazer TV.

Seja no uso das novas tecnologias para reapresentar ambientes passados, ou reestruturar textos para a modernidade, a TV não deve abrir mão de tais recursos para crescer e se manter grande, pois ainda é (infelizmente) geográfica e socialmente mais acessível que a internet. Mesmo assim, com a vida mobile progressiva, vai ter que aprender a dividir o espaço com as novas tecnologias e procurar alternativas eficientes para continuar viva. Por enquanto, as emissoras seguem tentando, errando e acertando, mas com certa evolução.
 
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