domingo, 11 de dezembro de 2011

Brasil, uma novela

domingo, 11 de dezembro de 2011 0
@jefercastro

Um dos maiores objetos de entretenimento brasileiro, em termos de produção e consumo, com certeza, é a novela. Por mais que uns digam que as novelas forçam uma realidade caricata e frágil, todo o seu contexto de produção e roteiro traz lições que seu público não esquece.

As pessoas realmente adotam hábitos introduzidos pelos folhetins, mas também repudiam tramas mal interpretadas pelo elenco e coisas que ferem seus valores. A sociedade que se revela, com isso, mostra-se crítica ao seu próprio espelho. Defendendo os mocinhos e condenando os vilões.

Clichês? O povo gosta. Cultura internacional ganha remendos brasileiros, bordões caem no vocabulário popular e tudo isso mais a grande empatia da audiência pelos personagens e seus dramas. Um cenário que se ressalta, pois existe uma troca entre o autor da novela e o público. 

No decorrer dos capítulos, o responsável pela história e seu encaminhamento capta a opinião comum e trabalha para melhor satisfazê-la.

O Brasil se informa com as novelas. Sua história é alavancada por minisséries inteligentes, que conseguem, de certa forma, relativamente genérica, cumprir o papel dos livros que ainda estão se encaixando no cotidiano de muitas pessoas.

Portanto, dizer que esse tipo de entretenimento é inútil é negar um dos meios mais ativos e eficientes de promover discussões sobre a sociedade em si.



domingo, 6 de novembro de 2011

Grécia

domingo, 6 de novembro de 2011 0

Eu comento

Os deuses gregos devem estar céticos com a crise social e econômica na Grécia. As forças da União Europeia tentam evitar o fim do bem-estar social da população, que já sente diretamente as dores de toda a tensão.

Alunos sem livros. Povo sem remédio e desemprego. Cresce o trabalho informal. Um cenário que aniquila a esperança dos gregos e diminui logicamente a popularidade estatal.



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reino americano

quarta-feira, 5 de outubro de 2011 0

Eu comento

Os Estados Unidos da América se sobressaiu com o fim da Segunda Guerra Mundial, sendo a saída econômica para nações europeias. Instalava-se como o novo império em diversos âmbitos. Tudo parece tão americano e tão globalizado. Em meio à Guerra Fria, também, a cabeça do sistema capitalista era o EUA. Sua ideologia se espalhava e venceu os soviéticos.

A população mundial logo se vê sob a cultura norte-americana. Mistura-se samba à Disney, faroeste na Itália, McDonald’s em cada esquina e todos dançam Elvis. Os filmes estão no cinema e as crianças querem armário na escola e ônibus amarelo, porque nos EUA é assim. Tudo está na moda e é tão perfeito. As casinhas de madeira. 

O Halloween é tão divertido. Não que o acesso às culturas internacionais seja uma coisa diabólica, mas isso parece devorar as pessoas, deixando-as sem escolhas. E, nos esportes, os atletas americanos também são destaques em quase todas as modalidades.

Neste cenário, criou-se as definições de imperialismo americano e antiamericano. Não é “Hot Dog”. È cachorro quente. O EUA estão sempre pintados como país poderoso, mas vitimado. Com a América surge o terrorismo. E os aviões bateram nas torres. Ao mesmo tempo, a casa de Hollywood foi julgada por não assinar o protocolo de Kyoto e por ter promovido guerras.

Este ano, porém, o declínio econômico do país perante a agência de risco (a Standard & Poor's reduziu o rating dos Estados Unidos de AAA para AA+) simboliza medo em todo o planeta, já que a dependência das outras nações é fato. Os investidores vão pensar melhor antes de aplicar na bolsa e isso precede uma estagnação mundial, com lento crescimento europeu e os bancos deixam os empréstimos acuados.

Além disso, isso fere o ego do cidadão americano, um extremo patriota. Ver sua casa decair é tão triste. A força construída e mantida por essas décadas resultou em uma imagem que ninguém quer ver manchada.

Texto base:

Revista VEJA: Edição 2230 - ano 44- nº33 (17/08/2011)

domingo, 11 de setembro de 2011

Líbia

domingo, 11 de setembro de 2011 0

Líbia: após a guerra, os negócios

 Por trás do entendimento revelado pelos participantes na conferência de Paris sobre a “nova Líbia” desenrola-se uma guerra clandestina entre França, Itália e Reino Unido pela exploração dos recursos daquele país, tal como referem os jornais franceses, italianos e britânicos.
----------------------------
Eu comento
@jefercastro

O Ocidente europeu não cansa de sitiar o território da Líbia e de mostrar que está disposto a auxiliar um novo governo, sem Kadhafi.

Por mais românticas que possam parecer, as atitudes pacificadoras dentro da Líbia são oportunistas, não que a comunidade internacional não se preocupe com as criancinhas, mas toda essa força representa o que a Líbia tem pra dar em troca.

A significante produção petrolífera e a ameaça terrorista são dois aspectos que respondem a isso facilmente. Querer um pedaço desse “bolo”, como o texto se refere, ou ele inteiro, é algo natural dentro do capitalismo, onde a guerra pelo progresso é evidente.     



terça-feira, 30 de agosto de 2011

Europa

terça-feira, 30 de agosto de 2011 0

A monarquia ainda respira

Em pleno século 21, com internet banda larga, carro elétrico e outros artefatos modernos, viu-se um casamento da Disney acontecer realmente. Cavalaria, carruagens e até uma rainha de amarelo contribuíram para a direção de arte da festa inglesa, essa, por sua vez, permanecendo muito tradicional e exuberante.

A multidão, à espera do príncipe e da nova princesa, lotou as ruas londrinas, com a sensibilidade patriota e muito, mas muito saudosa. Devaneio puro. Uma fantasia, entretanto, que fez muitos voltarem a sonhar com o par perfeito. A cerimônia não estava chata, porque não esperavam que ela estivesse chata. Isso mostra como a imaginação das pessoas é ainda mais poderosa, consegue trazer à tona aquilo mais belo, que se viu muito no cinema e que se leu muito nos livros.

A expectativa era grande. O amor real também. O jornalismo verdadeiro cobriu o casamento como a guerra, porém com olhos limpos, sem fuligem ou sangue, mas emocionado e emocionando. 

Uns, no entanto, trataram como futilidade, outros como raridade medieval em conserva. O fato era esse, a união da realeza com a plebe, um conto de fadas, onde a população canta Lady Gaga e lê livros no IPAD.
-------------------------------------
Eu comento

A Inglaterra mais uma vez demonstrou como o nacionalismo existe entre seus cidadãos, como a monarquia ainda vive, ou melhor, sobrevive, em pleno século 21 e que, mesmo com tais fatos, continua ligada aos outros países europeus, em prol do bem-estar da União Europeia. Com algumas restrições, isso é simbolizado fortemente pelo Canal da Mancha, o signo da integração moderna, pós-Segunda Guerra Mundial, com a França, sua antiga rival (Guerra dos Cem Anos). 



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sociedade - Inglaterra

quinta-feira, 18 de agosto de 2011 0



Vídeo: Veja quem são os jovens que protestam na Inglaterra com o sociólogo Silvio Caccia Bava




Link: http://www.youtube.com/watch?v=HI1YSPHVeIA&feature=player_embedded



O berço neoliberal: a Inglaterra de Tatcher a Tottenham 


(...) Tottenham é a zona com o maior nível de desemprego de Londres e uma das dez mais pobres do Reino Unido. Com 75% de cortes no orçamento do bairro, desapareceram os clubes juvenis, essenciais durante o verão e as férias escolares. Com tanto tempo livre nas mãos, com uma desigualdade onde as receitas dos mais ricos cresceram 273 vezes mais que as dos mais pobres, em uma sociedade na qual o dinheiro se converteu em valor supremo, surpreende realmente que estes fatos ocorram? (...)


Fonte: http://bcm2008.envemkt.net/ver_mensagem.php?id=TH|4|131841|131307030746365700
.........................................

Eu comento

A crise social na Inglaterra se desenrola devido a problemas de educação e desemprego, sem políticas sociais que recuperem a cidadania dos jovens. Os atos violentos causados por esta parcela da sociedade são de revolta e pessimismo perante a economia inglesa, mas devem ser neutralizados, já que desencadeiam e ampliam os problemas, geográfica e socialmente. Isso não quer dizer, porém, que não existem oportunistas entre os encapuzados. Uns, com certeza, já deveriam ter sonhado em quebrar vitrines por prazer e essa era a hora.


Definir como criminalidade pura e desnecessária não seria nenhum equívoco, porém agir criminosamente sim. Contemplar-se recuado e submisso não é uma virtude, tampouco um sonho. As pessoas se sentem ameaçadas e impotentes, dessa forma, perdem-se em atitudes arcaicas de vandalismo pelo bem maior. A questão, contudo, deve ser canalizada ao desrespeito causado pelo Estado e a economia livre; uns deitam e dormem, outros acordam e sobrevivem.

Protestar é legal e alternativo, com fundamento social, econômico ou político, porém não se deve fundir isso à violência e achar que tudo está certo. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EUA - Política e Economia

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 0

EUA anunciam a morte do terrorista Osama bin Laden no Paquistão


Trechos:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2) a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista -que tinha entre 53 e 54 anos- durante a semana passada. (...)


Obama: acordo não é o desejado, mas encerra longo processo

Trechos:

(...) Apenas 48 horas antes da data fatídica, na qual o governo poderia deixar de cumprir suas obrigações financeiras, Obama informou que o acordo eleva o teto da dívida (atualmente de 14,3 trilhões de dólares) epropõe cortes de aproximadamente 2,5 trilhões nos gastos públicos, ao longo dos próximos dez anos. (...)


(...) Mas as consequências políticas continuarão se manifestando daqui em diante. Após semanas de intensa disputa sobre o assunto, que alarmou os mercados financeiros e extenuou os cidadãos, o espetáculo político em Washington poderia ter severas consequências eleitorais tanto para o presidente Obama como para a liderança republicana. De fato, para alguns analistas, tudo o que ocorreu foi mais teatro político com fins eleitorais do que uma disputa em torno do assunto da dívida. Elevar esse teto é quase sempre um procedimento automático e ocorre em média quase duas vezes por ano desde 1940, sem que tenha se verificado nada parecido ao que aconteceu nesta ocasião, assinalam.

---------------------------------------

Eu comento


A crise americana parece ser uma revanche política ao caso Bin Laden. Quando Osama foi dado como morto, o presidente Barack Obama ganhou alguns pontos eleitorais, como o herói da pátria que derrotou o vilão de traços hollywoodianos. 

Muitos devem ter imaginado simultaneamente ao anúncio da morte, ou um tempo depois, que tal fato melhoraria a imagem do atual governo democrata. Pois bem, melhorou. Assim, muitos ainda duvidam que o terrorista tenha morrido. Não se pode, contudo, negar nada até que se prove o contrário.

Posteriormente, vem esse susto na economia norte-americana, que se estende evidentemente para a política e causa problemas para a imagem de Obama, sendo uma chance aos republicanos em conserva e a autodestruição democrata.  A delicada escolha de Barack terá consequências futuras, assim, o trecho “cortes de aproximadamente 2,5 trilhões nos gastos públicos” soa como negligência ao cidadão americano, e tudo parece frágil e ameaçador.




 
Discursos & Comentários ◄Design by Pocket, BlogBulk Blogger Templates ► Distribuído por Templates