quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ser humano, ser urbano

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
@jefercastro

O conceito e a prática da urbanização é um tanto automática, e até desleal. As pessoas vão se acomodando e formando as periferias, enquanto os centros fabris e administrativos sugam todo o trabalho.

A estrutura vai se consolidando. Quanto mais longe das coisas úteis, mais barato é viver. Algo tão cruel e desgastante, que o cenário pintado é da mais pura produção massiva, para perpetuar o capitalismo – o leito e a soberania do lucro.

Por incrível e tosco que possa parecer, quanto mais prédios haja e mais desenvolvida seja uma cidade, mais imponente ela atua, fazendo juz à letra de Chico Buarque, “A Cidade Ideal”, onde se discursa que “a cidade é uma estranha senhora, que hoje sorri e amanhã te devora”. A quantidade de carros, o barulho e a multidão são elementos que engordam tal ideia. Ter o bom senso no fazer, no entanto, pode ser um recurso para driblar os problemas urbanos e fazer a cidade sorrir sob seus pés.

Assim também, os três setores (matéria-prima, produção e serviços) se alinham como os astros naturais, trazendo a magia do comprar e ganhar, do estar no mundo dos shoppings, ou seja, o resultado do ser urbano. Não creio que definir esse idealismo comercial como tão diabólico seja o mais correto.

A formação do lugar urbano tem que ser oriunda de um plano futurista, com visibilidade e empatia, pensando em conteúdo e dimensões para desenvolver um senso crítico nos cidadãos, para, assim, os mesmos administrarem o objeto público. Dessa forma, as pessoas criam um ciclo rápido de cobrar e fazer, cidade e Estado, alimentando os serviços básicos de saúde, educação, cultura, lazer e também o mercado de trabalho.

Acredito na junção da atitude comercial com a prática social, de direitos e deveres a cumprirem, visando, por fim, o bem comum.

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