quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Quero mais Lucy!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014 0
@jefercastro

Sabe aquela vontade de controlar coisas e pessoas, de saber tudo? “Lucy” ilustra bem isso, mostrando como seríamos se pudéssemos usar grande ou toda parte da nossa capacidade cerebral.

O longa começa com uma Scarlett Johansson (Lucy) sendo vítima de uma armadilha à la savana (literalmente comparada no filme). Algemada a uma maleta alheia, ela é transformada em mula do tráfego de drogas. A droga que dá o poder e o tom de ficção científica ao filme.

[Spoiler] Para quem viu, acho que vai concordar. A cena do avião é sensacional. Nela Lucy começa a se desfazer após um gole de champanhe. Há outros atos mais pontuais que dão margem a vários UOWS!

Lucy desperta, mas não acorda tanto. O filme é muito bom, mas tinha (e perdeu) fôlego para ser excelente. Deveriam ter explorado mais a capacidade da personagem. Com mais meia hora de filme, sairia bem mais feliz do cinema. Os efeitos são espetaculares e não caem no cientificamente tosco, sem falar no elenco. Além de Scarlett, traz Morgan Freeman e Min-Sil Chol.

Ao final, você consegue enxergar algumas teorias sobre tempo, espaço e existência. “Sem tempo não existimos”, uma das falas de Lucy só define mais ainda o poder do tempo sobre a vida. Outra coisa interessante é como nossa capacidade intelectual, quando chega a um pico, pode ofuscar nossa sensibilidade. Lucy é poético em dizer, implicitamente, que o ser humano é um equilíbrio entre razão e emoção, que, se a razão se sobrepõe, deixamos de sentir certas coisas, que, enfim, nos fazem humanos.

sábado, 1 de março de 2014

Gravidade

sábado, 1 de março de 2014 0
@jefercastro

Gravidade, como postei no meu twitter depois de vê-lo, é um belo filme. O drama da sobrevivência da Dra. Stone, interpretada por Sandra Bullock, vem de uma forma incrivelmente científica e simultaneamente humana. Todo o cenário espacial, a paisagem da terra, é isolador. Contudo, diferente de muitos roteiros americanos, em que pessoas  ficam presas, exiladas, escondidas ou desaparecidas, onde você sempre tem um corte de cena para mostrar um apoio, alguém que procura, em Gravidade isso é mais distante do que parece. Em nenhum momento, dos noventa minutos do longa, uma equipe na Terra desesperada por ajudar a protagonista é mostrada. É um isolamento que não tem respiro fora do quadro, de uma família ou do próprio governo. Quem assiste percebe e sente mais.

Em aspectos mais técnico, o cenário é impecável. A direção de Afonso Cuarón é genial. A trilha, os efeitos e a direção de arte são precisos. E a atuação em gravidade zero de Sandra nem se fala. Um filme diferente, belo e tecnicamente digno de qualquer premiação. Um drama simples em um universo literalmente complexo.

Adoro Cinema

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Invocação do Mal

sábado, 15 de fevereiro de 2014 0
@jefercastro

Demorei um pouco para ver o filme. Fui deixando para depois, mas, finalmente, assisti. A história se passa em um EUA dos anos 70. Dessa fome, você vai encontrar alguns personagens e elementos comuns de filmes e séries do gênero. Mas só a carga do "baseado em fatos reais" faz toda a diferença.

Em uma época difícil de engolir longas de terror, de encontrar bons filmes, que não prefiram piscinas de sangue, Invocação do Mal (The Conjuring) é, com certeza, uma ótima pedida. Do roteiro à execução, dos efeitos aos atores. Ele convence e assusta muito. Tratando-se de uma história real, você questiona menos e entra no clima com mais entusiasmo. Foi o que fiz. Embora não tenha assistido à noite (ou madrugada), como fiz com Emily Rose, os ruídos externos não conseguiram derrubar todo o clima construído. Você consegue ficar aflito a cada batida, passo ou passagem sobrenatural. Ponto para fotografia, Direção de Arte e elenco. A casa é de arrepiar mesmo. Além disso, gostei bastante dos planos do Diretor. Um deles deixa os personagens de cabeça para baixo. Lili Taylor também está muito bem na pele de Carolyn Perron. 

Para quem curte ficar com medo, não vai se arrepender. Quem tem medo de O Exorcista, procure algo menos perturbador. O longa, enfim, me deixou mais otimista em relação aos filmes de terror. Bata palmas!

Adoro Cinema
 
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